terça-feira, 24 de março de 2009

Texto 4 - Resumo do Grupo

Luzia-Homem, é uma obra Naturalista, escrita por Domingos Olimpio, que se passa no interior do Ceará em 1878. Em meio a seca há uma retirante chamada Luzia, mulher de corpo esbelto feminino que em contrapartida é acostumada com o trabalho pesado, possuia força física que a permitia trabalhar melhor que muitos homens, tal motivo que recebeu o apelido de Luzia-Homem. Luzia trabalhava na construção de uma penitenciária em Sobral, onde é cortejada pelo soldado Capriúna, tendo da mulher silenciosa nenhum retorno. Luzia era de poucos amigos, entre eles havia Alexandre, seu amigo fiel, respeitoso, bonito e educado, também a amiga Terezinha, moça branca de cabelos castanhos que se prostituía. Alexandre foi certo dia acusado de ter roubado no armazém onde trabalhava, a decorrer do tempo Terzinha descobre que o verdadeiro autor do crime é o soldado Capriúna, no julgamento Alexandre é absolvido e Capriúna é expulso da corporação e preso, Capriúna jurou vingar-se, o bandido liberta-se da prisão, encontra Luzia a ataca, cravando em seu peito uma faca, despencando em seguida de um penhasco, onde seus amigos a encontram sem vida.

Texto 3 - Internet

Uma linda morena chama a atenção de todos. É luzia que faz serviços de homem para poder receber ração dobrada, em virtude de ter a mãe doente em casa. Seu corpo é esbelto e feminino e, acostumada que fora na antiga fazenda do pai a trabalhar em serviços pesados, tinha muita força, fazendo o que muitos homens não podiam. Por isso recebera o apelido de Luzia-Homem. Recatada e silenciosa, não tinha muitas relações de amizade. No entanto, o soldado Crapiúna era apaixonado ou pelo menos atraído fisicamente com violência por Luzia. Esta não correspondia aos seus cortejos, desprezando-o e tornando o soldado cada vez mais obcecado por ela. Tinha Luzia um amigo muito leal e respeitoso chamado Alexandre, rapaz bonito e educado, que trabalhava no armazém da Comissão. Teresinha era outra amiga de Luzia. Moça branca, de cabelos castanhos, que há muito havia fugido de casa e se prostituíra. Certo dia passando com Teresinha pelo armazém, viram um tumulto e ao se informarem ficaram sabendo que Alexandre fora preso por causa de um grande roubo que houvera no almoxarifado do armazém. Luzia e Teresinha, acreditando na inocência de Alexandre que estava na prisão aguardando o julgamento, levavam-lhe comida todos os dias. Tempos após, Teresinha, tendo ido se esticar na rede, vê nos fundos do quintal o soldado Crapiúna abrindo um baú e apanhando uma bolsa de couro de onça contendo dinheiro. Teresinha passa a desconfiar do soldado, o mesmo acontecendo com Luzia a quem Teresinha contara o ocorrido. Outro dia Luzia encontra Quinotinha que lhe diz ter ouvido Crapiúna confessando ser o autor do roubo a uma mulher que o amava. Luzia, certa da verdade, antes de falar com Teresinha foi a te o Delegado e lhe contou tudo, o qual não acreditando muito, foi até o quintal da casa de Teresinha encontrando o baú com as coisas roubadas do armazém. No julgamento, Alexandre foi absolvido e Crapiúna expulso da corporação. O ex-soldado, vendo a felicidade de Luzia, jurou vingar-se. Teresinha encontra a família que a estava procurando pelo sertão e vão morar juntos na casa dela. Passados esses acontecimentos, Alexandre propôs a Luzia irem morar na serra, levando a mãe dela e a família de Teresinha. Luzia, que começara a despertar para o amor de Alexandre que já a amava silenciosamente há muito tempo, fica feliz e começam a arrumar as trouxas. Alexandre partiu no dia seguinte com a família de Teresinha para escolherem a casa. Teresinha, Luzia, Josefina, Raulino e outros quatro homens foram na tarde do dia seguinte, Teresinha saiu na frente para ajudar os outros na arrumação da casa. Os cinco homens carregavam a rede com D. Josefina e Luzia logo atrás. Ao chegar à serra, Raulino indicou um atalho à Luzia dizendo que eles levariam a rede com D. Josefina pela estrada. Luzia foi seguindo os passos de Teresinha no barro. Andou ao redor de um morro até que chegou a um rio cheio de pedras e de água pura. Quando ia atravessá-lo ouviu um grito. Olhou a sua esquerda e viu Crapiúna, que havia fugido da cadeia e que estava segurando Teresinha pelo braço. Luzia atravessou o rio e gritou: - Solte a moça, seu Crapiúna! - Até que enfim nos encontramos, disse o bandido. Largou Teresinha e avançou sobre Luzia, puxando-a e rasgando toda sua roupa. No desespero, Luzia reagiu cravando as unhas no rosto de Crapiúna, deixando desfigurado e tonto. Crapiúna arrancou uma faca e cravou-a no peito de Luzia. Despencando em seguida do penhasco. Neste instante chega Raulino que vê Teresinha horrorizada e, olhando a sua direita, aproxima-se de Luzia, já com os olhos arregalados e sem vida.

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/l/luzia_homem

Texto 2 - Internet

Naturalismo. Luzia-Homem é um exemplo do Naturalismo regionalista. Passado no interior do Ceará, nos fins de 1878, durante uma grande seca, vai contando a história da retirante Luzia, mulher arredia, de grande força física (o apelido Luzia-Homem provém desta força que lhe permitia trabalhar melhor que homens fortes). Luzia trabalha na construção de uma prisão e é desejada pelo soldado Capriúna. Mas Luzia não se interessa por amores e mantém uma relação de amizade e ajuda mútua com Alexandre. Após Alexandre propor-lhe casamento (existe por toda a história a relutância de Luzia de admitir que gosta de Alexandre), este é preso por roubar o armazém do qual era guarda. Luzia passa visitar-lhe na prisão e sua amiga, a alegre Teresinha, para cuidar de sua mãe doente. Após um certo tempo, Luzia para de lhe visitar na prisão. Ao fim Teresinha descobre que Capriúna era o verdadeiro ladrão e uma das assistentes de Luzia (ela havia sido dispensada e depois voltara ao trabalho, mas como costureira) lhe falar que a testemunha contra Alexandre mentia, o culpado é preso. A família de Teresinha aparece (ela havia fugido de casa com um amante que morreu meses depois) e ela, humilhada fica subserviente a eles, especialmente ao pai que a rejeita. Luzia descobre isto e, depois de um interlúdio, convence-a a viajar com ela, migrando para o litoral. No caminho Capriúna se liberta e vai ataca Teresinha, a culpada de sua prisão. Encontrando Luzia, mata-a e acaba caindo de um desfiladeiro. Marcado pela fala característica dos personagens, Luzia-Homem mantém duas características clássicas do Naturalismo por toda obra: o cientificismo na linguagem do narrador e o determinismo (teoria de que o homem é definido pelo meio).

http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_280.html

Texto 1 -Livro Didático

Luzia-Homem
- Por que lhe deram essa alcunha*?
- Eu lhe digo, seu doutor. Desde menina fui acostumada a andar vestida de homem para poder ajudar meu pai no serviço. Pastorava o gado; cavava bebedores e cacimbas*; vaquejava a cavalo com o defunto; fazia todo o serviço da fazenda, até o de foice e machado na derrubada dos roçados. Só deixei de usar camisa e ceroula e andar encoirada*, quando já era moça demais, ali por obra dos dezoito anos. Muita gente me tomava por homem de verdade. Depois meu pai, coitadinho, que era forte como um touro, e matava um bode taludo* com um murro no cabeloiro*, morreu de moléstias, que apanhou na influência da ambição de melhorar de sorte, na cavação de ouro no riacho de Juré. Daí em diante, começamos a desandar. Minha mãe, sempre muito doente, e nós duas muito pobres de tudo, menos da graça de Deus, vendemos as miúças* e cabeças de gado, que tiramos à sorte da produção da fazenda, os animais de campo é até o meu cavalo castanho-escuro, calçado dos quatro pés e com uma estrela na testa... o meu querido Temporal... Tudo isso para não morrermos de fome quando veio esta seca...Soluços lhe embargaram a voz, e desatou em copioso* pranto.
- Sossegue moça, - disse-lhe o Delegado compassivo - a sua sorte nos interessa. Está entre amigos de quem só deve esperar benefício; mas... é preciso ter paciência. Alexandre tem por defesa os melhores precedentes e todos o abonam; entretanto é indispensável que fique detido enquanto duram as diligências do inquérito...
- Preso?!... Não é possível! - exclamou Luzia. - Vossa senhoria não fará tamanha injustiça. Eu lhe peço por vida de seus filhinhos... Alexandre é inocente!...

*alcunha = apelido
*cacimba = poço
*ancoirado (encourado) = que veste roupa de couro
*cabeloiro = tendão que vai da cabeça à extremidade vertebral do animal
*miúça = pequena porção / gado miúdo
*copioso = abundante


G. Mattos & L. Megale. Português 2° grau.